sábado, 26 de fevereiro de 2011

Um "tiquim" de minha vida acadêmica



Sou Taís Argolo, agora tenho 21 anos de idade, sou conhecida pelos amigos por Tise. 
Levando em conta à minha memória as coisas do meu passado infantil, lembro-me que lia algumas coisas simples, não com o sentido de  "insight", mas com postura de compreensão, de saber o que estava fazendo. Menininha retada eu era (sou, sei lá), sempre diz minha mãe!
Entrei muito novinha na escola, tive como professoras Cassia Brandão e pró Sônia, minhas primeiras! Apenas dois anos eu tinha, até aniversário eu fiz na escola, as professoras adoravam, era só festa, meus colegas então, comiam bolo de chocolate e bastante brigadeiro!
Entrei na escola já sabendo escrever meu nome, o da minha mãe, algumas palavras e números. Lembro também, que adorava participar das atividades de Arte, pintar, desenhar, riscar...haja folha em branco para tanto rabisco.
Chegando a Prontidão (antiga série antes da Alfabetização), ajudava a professora em algumas atividades na sala de aula, pois já havia terminado meu dever. Por conta de uma intransigência da diretoria da escola, não pude avançar de série, apesar de já estar alfabetizada, uma pena. Porém, não fui afetada (rsrs)
Na "Alfa", era o momento da formatura, acho que hoje as formaturas realmente se tornaram os sonhos, meninas de princesa e meninos como homenzinhos, festas mirabolantes, nada haver, talvez, com o real sentido de passagem, de aprendizagem, de conhecimento.
A leitura entrou como uma luva para mim no processo escolar, em casa já lia com minha mãe, meu pai, meus avós e tios, então sempre tive consciência de sua importância para intereção social. Cartilhas escolares?! Não precisei, ainda bem, nada era contextualizado mesmo, até as figuras eram meio estranhas para minha realidade. Agora, o caderno de caligrafia eu queria ter. Sonhava com "letra bonita e certinha", como pediam as professoras. Os livrinhos de literatura infantil, guardava moedinhas para comprá-los! Acredito que boa parcela de "culpa" está em minha família, comprava todas as coleções interessantes para ocupar meu tempo, eu era "retadinha" mesmo.
No período de ginásio e ensino médio, a dificuldade maior era em relação ao mundo de gente grande. Coisas nos horários determinados, novas responsabilidades, preparação para vestibular...ufa, uma correria só! Mas foi bom, conheci meus amigos de hoje, conheci professores que seriam para sempre exemplos significativos de amor e respeito.
Ingressei na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia com 17 anos de idade.
No primeiro momento, assustadíssima com o mundo acadêmico, com toda aquela correria, gente de todos os lugares e tipos e eu lá, perdida num mundo novo!
No primeiro semestre, lembro-me das aulas de Psicologia Geral e os ensinamentos sobre os tipos de Memória. Não é que descobri que para algumas coisas minha memória é curta?! Conheci toda a turma e logo fui firmando os laços de amizade e coleguismo. No segundo, foi um pouco conturbado. Aula de Linguística, de Sociologia, lá se vão os problemas. Discussões por ideias diferentes, posições políticas contrárias. Terceiro semestre, as aulas de Psicologia da Educação! Pense, deu trabalho. Professores muito difíceis de conviver, entender e até mesmo dialogar. “Sou aberto às discussões!” Bulhufas, não era nada! Mas, graças a Deus passou, como tudo na vida passa e fica o aprendizado e esse foi um aprendizado significativo.
Quarto semestre, primeira e única (eu espero) reprovação, nem foi culpa minha, mas aluno é aluno e professor é “o” professor. Quinto semestre, aulas de Ciência Política, Hobbins e Maquiavel eram meus companheiros de cama. Sem contar nas aulas de Educação Infantil e meu contato com a Casinha do Sol. Maravilhoso encontro, porém muito rápido.
No sexto semestre aprendemos a “avaliar”, fiquei em choque com as diferentes formas de avaliar e constatei que muitos (muitos mesmo) professores da universidade ainda avaliam de maneira tradicional, quantitativamente.
Esperado sétimo semestre! Estágio em educação Infantil. Que maravilha! Primeiro contato com escola (creche) e depois de passado o susto, a crise de stress, os choros por nunca ter tido contato com aquele universo de planos de aula, execução de trabalhos, o relacionamento com as crianças de dois anos de idade, tudo se tornou aprendizagem.
Por isso digo, nada melhor do que uma experiência significativa para melhorarmos nosso ponto de vista. Este meu então, criança é criança, tudo no seu tempo, na sua fase, respeitando o espaço da aprendizagem e da criatividade.

Um comentário:

  1. É tise, assim mesmo. Agora o 8º semestre, ôo trabalho.
    mas tem que ter né? que seja tudo bem e que VOCÊ realmente APRENDA!

    Tainá Argolo - BookHits News

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